Professora relata experiência com Alunos Especiais

Por - dezembro 01, 2009

Parece "difícil" a missão de educar alunos com necessidades especiais, à primeira vista os profesores parecem ter uma certa aversão a esse desafio. Mas com o passar do tempo, o que parecia quase impossível se torna uma atividade prazerosa e encantadora.
.
O relato da Professora Ana Lima Cordeiro explica essa experiência:
.
Quando foi comunicada, no início do ano, que teria quatro alunos surdos na turma, a professora sentiu um impacto: “Falei que ia embora da escola”. Ela não se sentia preparada para trabalhar com eles, pois nunca fizera o curso da linguagem brasileira de sinais (Libras). No entanto, logo na primeira semana de aulas, mudou de opinião.
.
“Se tivesse abandonado meu trabalho, estaria arrependida. Tem sido uma lição de vida”, revela Ana, professora de português da Escola São José, no município de Cruzeiro do Sul, Acre. Desde o início das aulas, os estudantes surdos procuravam ensinar algumas coisas aos professores para facilitar a comunicação: “A gente colocava no papel o que queria dizer e eles traduziam para a linguagem de sinais”, diz Ana, que tem 21 anos de experiência no magistério. A instituição dispõe agora de um intérprete, encarregado de passar o conteúdo da aula para a linguagem de sinais.
.
De acordo com Ana, os alunos surdos demonstram interesse muito maior por aprender. “Eles têm esforço, dedicação e vontade de participar. O que falta na fala, sobra na percepção”, salienta. Para ela, nenhum aluno especial é problema — a professora tem também uma cadeirante entre os alunos, desde o ano passado.
.
Essa experiência aconteceu na Escola São José no estado do Acre. Com 1.258 alunos de ensino fundamental, a escola atende 13 alunos especiais — nove surdos, dois cegos, um autista e um cadeirante. “Temos alunos especiais há muitos anos. A estudante que usa cadeira de rodas está aqui desde o primeiro ano e agora vai concluir o ensino fundamental”, explica a diretora da instituição, Sernizia Araújo Correia, pedagoga, com 16 anos de experiência profissional. “Os alunos recebem bem os especiais. Eles cuidam e protegem. É muito boa a interação”, diz.
.
Por Fátima Schenini
Portal do MEC
.

Mais Postagens

1 comentários

  1. Que lindo exemplo a ser seguido,mas só segue realmente o verdadeiro educador,aquele que tem amor pelo que faz.Quem é professor por falta de oportunidade em seguir outra carreira profissional nunca será educador como no exemplo da postagem.

    ResponderExcluir