Antes que eles cresçam

Chegará um tempo em que os pais ficarão sem os seus próprios filhos.
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Eles crescem, se consideram independentes e senhores de si.
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Aumentam como a inflação, não dependendo de governos, da querença do povo e nem dos familiares. Às vezes, crescem com arrogância. Porém, estão sempre alegres. Aos olhos dos pais, eles não crescem diariamente, e sim repentinamente.
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Em certas ocasiões, ao seu lado, eles dizem  um palavreado tal, que não mais trocaremos as fraldas daquelas criaturas. Os pirralhos crescem e nós nem notamos. Onde estarão os brinquedos? Como mexer na areia? E as festinhas e bolos de aniversário? O primeiro uniforme da escola do maternal? Eles crescem numa obediência severa e desobediência civil. Os senhores pais, nas portas dos "dancings" aguardando que seus filhos apareçam e não mais cresçam. Eles, por sua vez, estão saboreando os seus sanduíches, com as vestes da sua geração.
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Tudo isso acabou. Chega o primeiro casamento e logo o segundo, e os senhores pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. Não mais estarão nas portas dos "dancings". Eles saem do banco de trás e dão um pulo para o volante de suas próprias vidas.
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Nós, os pais, deveríamos ter ido mais vezes aos aposentos dos filhos para tentar ouvi-los respirando naqueles quartos cheios de colagem.
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Deixamos certas vezes de levá-los ao shopping, ao cinema e aos teatros. Eles cresceram sem conhecer todo o nosso afeto.
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Emfim, é hora dos pais sentirem a solidão que plantaram, com uma saudade imensa daqueles pirralhos. A maneira,  agora, é aguardar, porque surgirão, para sua alegria, os netos, ocasião para reeditarmos nosso afeto.
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Em vista disso, os senhores devem cercar os netos com o mais puro amor, antes que eles cresçam e se tornem independentes.
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A alegria do senhores pais aumenta diariament, pois sabem que Deus, o Pai de todos nós, na sua bondade divina, acompanha a cada dia os passos dos nossos filhos!

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