Não se fala em outra coisa nos últimos dias, além do apagão do dia 11/11 (Quarta-feira). Uma Assembléia na Câmara dos Deputados foi realizada para buscar esclarecimentos acerca do assunto, várias justificativas foram dadas para "clarear" a verdadeira causa do APAGÃO.

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Mas, infelizmente, a maioria das pessoas não percebem que maior do que o apagão de ITAIPU é o da falta de moralidade e ética na política brasileira, é o apagão dos excluídos dos bens socio-culturais, o apagão do sistema de saúde digno e de uma educação de qualidade. Isso para não falar da falta de segurança pública, da falta de transparência no judiciário e da falta de vergonha de grande parte dos políticos brasileiros.
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Enquanto muitos naquele Plenário debatiam sobre o Apagão, o Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), por sua vez, disse que o Brasil é vitima não só dos apagões elétricos, "que são visíveis e chegam com a escuridão", mas também de "apagões invisíveis" que ocorrem em setores como educação e saúde, os quais acabam comprometendo a qualidade de vida da maioria da população.

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– Não vemos os apagões que estão à luz do dia, só vemos os que aparecem graças à escuridão. O apagão da nossa consciência é do tamanho dos problemas que vivemos.

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Para o parlamentar, a "insensibilidade social" impede o país de ver o "apagão" na educação, citando os 14 milhões de brasileiros adultos que não sabem ler, além dos dois terços de estudantes da rede pública que abandonam a escola antes de concluído o ensino médio.

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O senador também ressaltou "o apagão da pessoa que perde a vida na porta do hospital" e o que resulta do "impedimento de atendimento médico por falta de seguro-saúde, contatos, remédios e atenção".

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Cristovam disse que o país não vê "o apagão de milhares de pessoas que diariamente ficam nas paradas esperando o ônibus que não vem"; "o apagão daquelas pessoas que ficam duas, três horas dentro da condução em vez de estar com a família ou estudando"; o "apagão dos engarrafamentos monumentais"; e "o apagão da falta de republicanismo que toma conta do país".

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Fonte: Jornal do Senado de quinta-feira, 12 de novembro.